Soneto
Raivosas, soltas à “contestação”,
Mil vozes fremem ódio e crueldade;
Pregam o fim da civilização,
Em liberdade contra a Liberdade.
E o paradoxo desta sem razão
Que em sangue e dor se impõe à humanidade,
De bendição transmude em maldição…
Pois não há bem, quando o bem é maldade.
Ó almas loucas que seguis, errado,
O fanatismo dum credo frustrado,
Como é frágil e vão o vosso ideal…
Por mais crimes, incêndios ou terror…
Vós nunca podereis deter o amor
À mística mensagem de Natal.
Sebastião Leiria
Natal de 1970