À minha filha Maria Helena
delicada sensitiva do Natal
Que carinho cai das estrelas,
Que veludo forra o céu!
E este perfume dos montes
De que jardim lhes desceu!
Ai, esta música dos espaços…
Quem sabe donde ela vem!
Que clarão sobe nos céus
Lá dos lados de Belém?
Até as aves, despertas,
Olham a noite e chilreiam!…
Cravos, dálias, lírios, rosas,
Abraçam-se! Como se enleiam!
Que misteriosos sinais
Na noite doce…de luz!…
E porque sinto este amor?
…É Natal!…Nasceu Jesus!
Sebastião Leiria
Natal de 1966